Novo ano de novo

Correio Braziliense

Correio do Brasiliense - domingo, 30 de dezembro de 2001

Janiwson Souza Soares

O Natal passou, o Ano Novo chegou, e neste momento de reflexão e espiritualidade, devemos elevar o nosso pensamento a Deus, para que ele nos dê paz e saúde. Que nos traga prosperidade também, mas que nos livre, em primeiro lugar, da maldade e da guerra. Neste ano que termina, de repente parecia que o mundo ia desmoronar e todas as misérias pareciam despencar sobre as nossas indefesas cabeças. Nossos corações, já atormentados diante da injustiça e da crueldade diária, bateram ainda mais assustados e, sem querer, começamos a imaginar a que ponto pode chegar a vileza humana, a que ponto o fanatismo e a ganância podem levar à destruição de vidas, de famílias, de esperanças...

Quando as torres monumentais do World Trade Center desabaram, o entulho da maldade nos atingiu de forma tão violenta que empoeirou os nossos corações e de nossos olhos cansados de tanta injustiça brotaram lágrimas pesadas como o concreto e abrasivas como o fogo. Que bom seria se pudéssemos congelar as guerras, interromper os vôos das balas e dos projéteis antes que eles tocassem os corações das pessoas.

Acreditem que cada gesto mais humano e menos egoísta que fizermos no dia-a-dia poderá redundar em atitudes semelhantes e, assim, então, poderemos exigir que nossos líderes e governantes olhem e dêem mais importância ao homem e menos para o vil metal e menos ainda para o sórdido poder. Acho que neste momento de reflexão devemos pedir a Deus que nos lembre incessantemente do quanto somos frágeis e de que só seremos mais fortes se contarmos com a solidariedade e com o amor do outro. Não poderemos jamais permitir que o terrorismo, o horror e a iniqüidade prevaleçam sobre a humanidade e o amor.

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