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             Aqueles
            que se preocupam com a situação mundial - em suas manifestações
            locais e internacionais - às vezes parecem estar próximos a
            concluir: não há solução, os problemas se avolumam, não há
            vontade política...Entendemos, porém, que as cenas de violência
            indiscriminada são, em sua maioria, conseqüências da violência
            contínua que se comete,diariamente, em formas diversificadas de
            injustiças que atingem a pessoa como indivíduo e membro da família
            humana. Enquanto não constituirmos uma sociedade de cidadãos, onde
            cada um dos membros pratique uma rotina de responsabilidade quanto a
            si mesmo e aos outros integrantes da pequena e/ou grande comunidade,
            as condições de vida neste planeta continuarão sendo muito aquém
            de nossos direitos. O que propomos? 
             
            Pensar em soluções duradouras é escolher a educação como ponto
            de partida e princípio fundamental. A convivência na escola, o
            processo de aprendizado, até as dificuldades do ensino, deveriam
            ser conduzidas visando ao cooperativismo. 
             
            O conhecimento partilhado leva a descobertas maiores, capazes de
            vencer os obstáculos da ignorância ou da falta de instrumentos e
            meios para a realização de planos e projetos. Os contextos ficam
            melhor compreendidos quando há um intercâmbio de idéias; as opções
            se multiplicam, numa situação em que se obtém colaboração;
            aparecem alternativas antes desconhecidas ou simplesmente
            negligenciadas. 
             
            Desde a infância, a criança deve ser preparada a viver
            cooperativamente: entender que não existe sozinha, está cercada de
            muitos outros; compreender que as brincadeiras, os jogos, as canções,
            a convivência, enfim, são atividades cooperativas que vão
            educando para o trabalho de adultos e a solução de problemas os
            mais diversos. Com a colaboração da família, dos mestres e das
            autoridades em geral, chegaremos a uma adolescência mais responsável
            em sua juventude, já treinando, agindo com a consciência de que a
            sobrevivência da humanidade depende da prática do cooperativismo. 
             
            Theresa Catharina de Góes Campos é articulista do 180graus.com 
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